Fim do ano letivo chegando, formatura, muitas emoções e muito trabalho! Nestes eventos, a música é como uma mensagem, um cartão, um retrato desses momentos, tornando-os inesquecíveis. Para ajudar nesse labor de seleção da trilha sonora para tais eventos, segue uma sugestão: Para comemorar ou cantar no coral: What a Wonderful Word - Essa música é realmente inesquecível e traz uma carga emocional muito grande, conectando-nos com a beleza que há no mundo. Entretanto sugiro a versão dos Ramones, que é mais animada e atrai mais a juventude, além de ser linda! Confiram: http://letras.mus.br/joey-ramone-musicas/78054/ Dia Especial (Cidadão Quem) - Essa é linda, é para comemorar o relacionamento humano, as coisas boas, as amizades, os bons encontros. Confira:
Os Segundos (Cidadão Quem) - Essa é para encerrar a formatura, no clima de comemoração, alegria: "Foi pouco tempo, mas valeu vivi cada segundo / quero o tempo que passou...." How can I go on e Barcelona (Freddy Mercury e Montseerrat Cabelet) - Essa é clássica! Vale à pena! Ao Fim de Tudo - Mai uma do Cidadão Quem - Para quem quer falar da superação das dificuldades. Contudo a música foi feita para homenagear o baterista Cau Hafner, morto em 1999Confira a letra e música:
Let It Go (Frozen) - Para a molecadinha das formaturas de alfa e 5º ano, não pode falta.
Happy (Pharrell Williams) - Sua letra não é lá grande coisa, mas sua alegria é contagiante e dançante!
Obrigado (Titãs) - Não diz muita coisa. Mas é legal para encerrar.
O Amor (Roupa Nova) - Essa é para todas as idades - Uma versão lindíssima
Amor de índio (Roupa Nova) - Uma das minhas preferidas. Aborda o relacionamento e o trabalho como algo sagrado (Tudo que move é sagrado e remove as montanhas com todo cuidado, meu amor)
Não esqueça de encaixar na lista, as regionais, aquelas que todo mundo curte, dança, mas de muito bom gosto!
Caros amigos,
Como não foi bem divulgado, darei mais uns dias para realizar o sorteio desse livro.
Será no dia 02 de novembro de 2014.
Esse livro é excelente não só para pessoas da área de vendas, mas para todas que lidam com o público, inclusive educadores.
Participem!
Saibam mais sobre o livro no link abaixo. Para participar é só deixar um comentário.
Após o agito das eleições, divulgo o sorteio do livro A História da Máfia. Desculpem a demora, mas vamos lá!
Participantes
do Sorteio do Livro A História da Máfia
Nº
Participante
1
Fernanda Souza
2
Rosangela
Ribeiro
3
Marcos Sousa
4
Celiza
Regina Santos
5
Maria Toca das Artes
6
Maria
Cristina dos Santos
7
Tathiana Inoue
8
Rubia
Menezes
9
José Maria Souza Costa
10
Aninha
Santos
11
Gostando da Vida
12
Raquel
Lemos
13
Tahais Soares Lopes
14
Carolina
Evangelista
15
Patricia S. Morimoto
16
Antonio
Jesus Batalha
17
Delmara Silva
18
Dryh
Meira
O sorteio foi realizado no dia 27 de outubro. Contudo os participantes se inscreveram até o dia 02 de outubro, conforme regulamento do Sorteio.
O sorteio foi feito no site: www.sorteador.com.br
Veja o resultado:
A ganhadora é Patricia S. Morimoto, do blog: http://patysonhoreal.blogspot.com.br/
Parabéns Patrícia!
Obrigada a todos os participantes por nos prestigiar com a sua presença!
Queridos, para trabalhar as eleições nessa semana, na escola, seguem alguns textos:
ELEIÇÕES 2014
Por Tarcísio José da Silva - Presidente da Comissão de Ética na Política e de Combate à Corrupção Eleitoral da OAB-CE.
Em 5 de outubro de 2014, os brasileiros vão às urnas para escolher o presidente da República junto com o vice-presidente, 27 governadores, 513 deputados federais, 1.059 deputados estaduais e 27 senadores (renovação de um terço do Senado), se as atuais regras não mudarem até 30 de setembro de 2013.
As eleições são regidas basicamente pelo Código Eleitoral (Lei nº 4.747/1965) e pela Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleicoes), com ênfase a Lei da Ficha Limpa. No entanto, até março do ano da eleição, o TSE tem a competência de aprovar resoluções que detalham todos os feitos eleitorais.
Em reunião com partidos políticos em abril deste ano, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, destacou que esta competência do TSE é infralegal. "Nós atuamos apenas pormenorizando, minudenciando como serão as práticas a serem adotadas para o processo eleitoral do ano seguinte", Disse a ministra.
O relator das resoluções das Eleições 2014 é o ministro Dias Toffoli, que também participou da reunião e convidou os partidos a discutirem os temas eleitorais por meio de audiências públicas que serão realizadas antes da aprovação das resoluções. O Calendário é a primeira resolução a ser aprovada sobre as eleições do ano que vem. Entre outros assuntos, o TSE ainda vai debater e aprovar regulamentações sobre: escolha e registro de candidatos; propaganda eleitoral e condutas ilícitas em campanha; arrecadação, gastos de recursos e prestação de contas.
Já está no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o Calendário que fixa as principais datas a serem observadas por partidos políticos, candidatos, eleitores e pela própria Justiça Eleitoral no pleito vindouro.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Ceará participa de todo o processo eleitoral pugnando por eleições limpas, transparentes, igualdade de oportunidades aos candidatos, financiamento público de campanhas políticas e no combate à corrupção eleitoral.
Introdução É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas.
A importância do voto Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país. O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade.
Como votar conscientemente Em primeiro lugar temos que aceitar a ideia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político? É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que nosso representante anda fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo ideias para o seu representante. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. A cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático.
Durante a campanha eleitoral Nesta época é difícil tomar uma decisão, pois os programas eleitorais nas emissoras de rádio e tv parecem ser todos iguais. Procure entender os projetos e ideias do candidato que você pretende votar. Será que há recursos disponíveis para que ele execute aquele projeto, caso chegue ao poder? Nos mandatos anteriores ele cumpriu o que prometeu? O partido político que ele pertence merece seu voto? Estes questionamentos ajudam muito na hora de escolher seu candidato.
Conclusão Como vimos, votar conscientemente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são positivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade. Votar em qualquer um pode ter conseqüências negativas sérias no futuro, sendo que depois é tarde para o arrependimento.
As eleições no Brasil são realizadas através do voto direto, secreto e obrigatório. A primeira eleição da qual existem registros no Brasil, ocorreu em 1532, por meio da qual foi escolhido o representante do Conselho da Vila de São Vicente.
Atualmente no Brasil ocorrem eleições a cada dois anos, sempre nos anos pares. À exceção do cargo de senador, que tem mandatos com duração de oito anos, os demais cargos eletivos tem mandatos de quatro anos. Como as eleições ocorrem a cada dois anos, os cargos eletivos são disputados em dois grupos, da seguinte forma:
Eleições federais e estaduais - para os cargos de: Presidente da República (e vice), Senador, Deputado Federal, Governador (e vice) e Deputado Estadual.
Eleições municipais – para os cargos de Prefeito (e vice) e Vereadores.
As eleições ocorrem no primeiro domingo de outubro. Os cargos correspondentes ao Poder Legislativo (Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores) são disputados em turno único. Para os cargos do Poder Executivo(Presidente, Governadores e Prefeitos), pode haver segundo turno, a ser realizado no último domingo de outubro.
Os candidatos a qualquer cargo são filiados a algum dos mais de 30 partidos políticos legalizados existentes no país, cada um com uma ideologia política. Todos os partidos recebem recursos do fundo partidário, acesso aos meios de comunicação (rádio e TV), e direito ao horário eleitoral durante as campanhas.
O processo eleitoral é organizado pela Justiça Eleitoral, que é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja sede é em Brasília, pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), sendo um em cada estado, território ou Distrito, pelos Juízes Eleitorais e pelas Juntas Eleitorais. Todos estes órgãos são regidos pelo Código Eleitoral, que estabelece as competências de cada órgão/segmento.
Segundo a Constituição Federal, em seu artigo 14, o voto é facultativo para os analfabetos, aos maiores de 70 anos e para os maiores de 16 anos e menores de 18 anos. É obrigatório para os cidadãos entre 18 e 70 anos, sendo necessário justificar a ausência em qualquer seção eleitoral, no dia da eleição, sob pena de multa.
Desde 2000, com o uso das urnas eletrônicas, as eleições brasileiras passaram a ser totalmente informatizadas, o que permite que atualmente sejam consideradas as eleições mais rápidas e atualizadas do mundo.
Queridos, vasculhando textos para interação nas palestras, encontrei esse no blog do amigo Geraldi.
Ótimo, para trabalhar as diferenças, o respeito e a mudança de perspectiva, bem como os espelhos, ou seja, o que tem em nós, que projetamos ou percebemos nos outros.
Prato de Arroz
“Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado.
Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, geralmente na mesma hora em que o seu vem cheirar as flores!”
Respeitar as opções do outro – em qualquer aspecto – é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter.
As pessoas são diferentes, agem de maneira diferente e pensam de maneira diferente.
Queridos, a sugestão a seguir, encontrada no site www.informacoesvariadas.org
é simples, mas seus desdobramentos são excelentes, para o resgate das brincadeiras interativas, como jogar bola, empinar pita, pular corda e também os brinquedos antigos, como peteca e pião.
O dia das crianças é atribuído ao deputado federal Galdino do Valle Filho, que apresentou a proposta para a sua criação em 1920. A proposta foi aprovada pelos deputados e surgiu o decreto nº 4867 de 5 de novembro de 1924, que oficializou o dia 12 de Outubro como o dia da Criança.
No entanto, o dia ganhou maior popularidade em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção com a Johnson & Johnson e criou a "Semana do Bebê Robusto" (como uma estratégia para aumentar suas vendas), e a partir desse momento a data passou a ser comemorada, com a atribuição de presentes para crianças.
Magia Infantil
Nas mãos das crianças o mundo vira um conto de fadas, porque na inocência do sorriso infantil, tudo é possível, menos a maldade. Crianças são anjos, são pedaços de Deus que caíram do céu para nos trazer a luz viva que há de fazer ressuscitar a verdade que vive escondida em cada um. De braços abertos a criança não cultiva inimigos, sua tristeza é momentânea. De olhos abertos a criança não enxerga o feio, o diferente, apenas aceita o modo de ser de cada um que lhe dirige o caminho. De ouvidos atentos a criança gosta de ouvir tudo como se os sons se misturassem formando uma doce vitamina de vozes, vozes que ela pode imitar, se inspirar para crescer. Questionando, brincando, a criança está sempre evoluindo, achando esse mundo um Paraíso, mas a criança sabe no seu interior o que é o amor e quer sugá-lo como se fosse seu único alimento, não lhe dê uma mamadeira de ódio, pois com certeza sua contaminação seria fatal e inesquecível. Criança me lembra: cor, amor, arco-íris, rosas, doce de brigadeiro, tintas das cores: vermelha, laranja, azul, amarelo; me lembra cachoeira, pássaros, dia de festa. Ser criança é estar de bem com a vida, é ter toda a energia do Universo em si. Feliz Dia Das Crianças! - Rosa Pinheiro dos Santos
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
1 Oficina de artes:
Em cada sala de aula haverá um tipo de oficina, como: pintura em tela, dobradura, escultura em argila, confecção de brinquedos com sucata, mosaico, montagem de quebra-cabeça, oficina de dança.
Os alunos escolhem as oficinas das quais querem participar e se inscrevem antecipadamente.
Outra sugestão, é organizar por horários, de maneira que cada professora fique responsável por uma oficina e as turmas troquem de sala, participando de todas as oficinas.
2 Dia do espetáculo: Levar as crianças a um espetáculo de circo ou teatro.
3 Curtindo a natureza: Visitar uma chácara, um sítio, que tenha uma programação de integração com a natureza, como trilhas, momento de contemplação, cultivo de plantas, contato com animais, música em volta da fogueira, etc.
4 Festa do pijama: Passa a noite na escola, acampando, curtindo músicas, brincadeiras, filmes, apresentação de mágico e uma deliciosa refeição
5 Gincana solidária: Fazer uma gincana bem divertida, com diversos jogos, brincadeiras, testes divertidos de aprendizagem e campanhas de arrecadação de roupas, brinquedos e alimentos. A equipe vencedora irá organizar uma festa em algum orfanato onde serão entregues os produtos arrecadados.
6 Todas as atividades podem ser intercaladas com distribuição de presentes e lanches coletivos.
Encontre sugestões de lembrancinhas maravilhosas, no blog da Maristela: http://www.pragentemiuda.org/2009/09/especial-dia-das-criancas.html
Foi
assim que iniciamos mais uma aula de filosofia da educação, quando eu cursava
pedagogia, em meados da década noventa:
A
professora, mestra e amiga Marlene Hernández introduziu o assunto,
citando alguns autores que iríamos estudar. Em meio a teorias e pensamentos
concêntricos dos grandes pensadores, que eram expostos na nossa leitura
dirigida, perguntei:
_
Professora, o que é dialética? Não consigo entender. Já li, reli, mas não
consigo entender como funciona, como percebo, como sinto a dialética.
Não
recordo se ela já sabia que eu usava o mar como símbolo para as escolhas que
deveria fazer – o fato é que ela respondeu de maneira tão simples e poética,
que até hoje a sua explicação reverbera dentro e fora de mim, auxiliando nas
minhas explicações de professora, quando questionada de maneira semelhante.
Marlene
respondeu:
_
A dialética é como o mar. Pensa no mar: as ondas são constantes, vêm e vão sem
nunca parar. Mas uma onda nunca é igual à outra.
Simples,
não é? Mas esta foi uma das lições mais profundas e bonitas que recebi. E
continuou mais ou menos assim:
_
A dialética é o próprio pensamento, que não cessa, não se contenta consigo
mesmo e prossegue comparando, analisando, compartilhando, se contradizendo, refazendo-se em um ir
e vir constante, como as ondas do mar.
E
com o seu sotaque chileno, perguntou:
__
Entende, Naurelita? O que é o mar para você, como ondas
de pensamento?
E
eu respondi:
-
É tudo (Sempre foi). É o que me dá força, quando fraquejo e imagino as suas
ondas cantando e dançando com o vento, tocando as rochas, soprando gotas de
força, nuvens de sabedoria. É o que limpa as impurezas e catalisa as lembranças
ruins. Quando vem uma delas, é ao mar que recorro. Peço que ondas da maré
vazante arrastem os pensamentos negativos e as emoções que eles produzem para o
fundo do oceano e lá transforme em passado, sem mais incomodar, transforme em
aprendizado.
O
mar, para mim, é repouso, quando imagino e me banho em suas águas quentes, em
noite de verão; é serenidade, pela consciência de ser água. Simboliza
sabedoria, ciência, começo da vida, misticismo, conexão com o poder superior e
fé; é ao mesmo tempo lindo e assustador, resposta e dúvida.
Quando
as coisas não vão bem, lembro da passagem da bíblia em que Jesus sugere aos
pescadores, quando não conseguem pescar um peixinho sequer: - Joga a rede do
outro lado. E então, tento mudar o meu pensamento vicioso, revejo as questões,
os resultados e jogo a rede do outro lado da barca, tentando outra vez,
tentando de outra forma.
Não
foram exatamente essas palavras, mas lembro de expor todas essas ideias. E lembro
de falar de um filme que há pouco havia assistido: O carteiro e o poeta.
No
filme, Pablo Neruda recita um poema para o carteiro, na praia, para ensinar-lhe
o que é metáfora. Gostei tanto que havia memorizado e ao pedido das colegas, recitei, um pouco envergonhada:
Aqui
nessa ilha, o mar... tanto mar
Ele
transborda de tempo em tempo
Ele
diz sim, então não...
Então
não
No
azul, na espuma, num galope
Ele
diz não, então não...
Não
pode parar.
Meu
nome é mar, ele repete...
Batendo
na pedra sem convencê-la...
Então
com sete línguas verdes
De
sete tigres verdes
De
sete mares verdes
Ele
acaricia, beija, molha...
E
bate no peito repetindo seu próprio nome.
E
continuei: _ esse movimento das palavras-mar, esse ir e vir constante, que é
metáfora do próprio pensamento de Neruda, a convencer-se de si mesmo, como mar
que tenta convencer as pedras da sua própria natureza é a dialética? Essa negação de si mesmo, para depois se afirmar, nos versos "ele diz,sim, então não" "e bate no peito repetindo seu próprio nome" não é a dialética, expressa nas leis da contradição e depois da síntese?
E
a professora Marlene questionou, como quem afirmava:
_
Criar metáforas, buscar novas soluções, esquecer-se do passado para criar um
novo presente, despir-se das impurezas e vestir novas ideias, vendo o mesmo objeto
com olhares diferentes, pescar novos alimentos, buscar novas fontes... tudo
isso é a presença do pensamento dialítico? Imagina utilizar a mesma força
motriz dessas ondas de ideias, na educação, na política? Quanto se pode
entender e produzir?!
O
diálogo prosseguiu. Outras colegas participaram, intercalando com as explicações
contidas nos textos teóricos. Não lembro como a aula foi encerrada, não lembro
dos seus desdobramentos. Mas recordo que o assunto rendeu outras conversas fora
da classe, no campo verde da Universidade, na cantina, no carro e na casa da
professora Marlene, onde havia sempre um bom diálogo e boas resoluções em educação.
A
experiência sincera com a palavra, é que lhe dá sentido. Foi e é assim com a
palavra “dialética”. A trouxemos para a experiência íntima com seus sentidos,
compreendendo-a de forma muito mais significativa, bebendo das fontes de
pensadores, educadores, como nossos mestres Gadotti, Paulo Freire e Pablo Neruda.
Gosto
de sentir a palavra em toda sua inteireza e história; é ela ao mesmo tempo causa e consequência
do pensamento, é o retrato da natureza humana e da criatividade.
Criar
novas formas de promover o diálogo na sociedade é um dos sentidos da palavra
dialética. E é por meio da dialética que criamos, em um refazer constante e
sempre novo, como as ondas do mar.
A
seguir algumas palavras sobre dialética: Dialéticaé uma palavra com origem no termo em gregodialektikée
significa a arte dodiálogo, a arte dedebater, depersuadirouraciocinar.
Dialética é arte do diálogo, onde é possível
demonstrar uma tese através de uma argumentação forte, que consiga distinguir,
com clareza, os conceitos da discussão. É contrapor ideias e delas tirar novas
ideias que comprovem o que está sendo dito.
Para Engels, a dialética é a ciência
das leis gerais do movimento, tanto do
mundo externo quanto do pensamento humano. A dialética é a estrutura
contraditória do real, que no seu movimento constitutivo passa por três fases:
a tese, a antítese e a síntese. Ou seja, o movimento da realidade se explica
pelo antagonismo entre o momento da tese e o da antítese, cuja contradição deve
ser superada pela síntese.
As três leis da dialética são: Lei de passagem da quantidade para a qualidade: “mudanças
mínimas de quantidade vão se acrescentando e provocam, em determinado momento,
uma mudança qualitativa: o ser passa a ser outro.” Lei da interpretação dos contrários: a contradição é o
atrito, a luta que surge entre os contrários. Mas os dois polos contrários são também
inseparáveis.Lei da negação da
negação: da interação do movimento entre as forças contrárias, surge uma
síntese, ou seja, a negação da negação.
Para
entender mais:
ARANHA,
Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à
filosofia. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 1993.
Já faz bastante tempo que o
problema da água vem sendo recorrente nas últimas décadas, em diversas partes
do planeta. Para o nordestino do semiárido e do árido que sempre conviveu com a
escassez de água, o sofrimento vem se intensificando com períodos de seca cada
vez mais prolongados. E nos locais privilegiados pela abundância, a falta d’água
que parecia uma utopia de algum ambientalista lunático, vem sendo cada vez mais
uma realidade assustadora.
Contudo em um planeta tão
desigual, é claro que as primeiras pessoas a sofrer com essas mudanças fazem
parte das classes afetadas pela pobreza e marginalização. Talvez por não
atingir de forma mais direta na sobrevivência dos grupos privilegiados, esses
não se importam tanto com tais mudanças ambientais. O imediatismo, o egoísmo
exacerbado e a avidez pelo capital tiram muitos do foco da realidade, deixando
à míngua aqueles que precisam de uma relação íntima com a natureza para
sobreviver; aqueles que necessitam da terra irrigada para cultivar seus alimentos,
dos rios cheios para saciar seus animais e realizar atividades básicas de sobrevivência,
como produzir, cozinhar, banhar-se. Esses são os mais atingidos inicialmente, e
não ter água significa não sobreviver.
Então, emergem campanhas contra o
desperdício a fim de poupar as usinas de abastecimento e garantir água para
todos. O racionamento, realidade vista até então no nordeste, se estende pelo
sudeste em sinal de alerta.
Precisamos acordar! Educadores, leitores,
formadores de opinião, precisamos promover campanhas não apenas de educação
doméstica, mas sobretudo de uso racional da água nas grandes indústrias, nos
grandes hotéis, nas casas mais ricas. Esses sim, desperdiçam litros e mais
litros de água sem necessidade, pois poderiam investir em outros meios para
reciclar esse bem precioso e evitar o desperdício, mas se negam a perder seus
costumes viciosos e gastar um pouco mais com novas tecnologias.
Acredito que onde menos se gasta
é onde mais se faz campanha: nas residências da população mais pobre, nas
escolas públicas e nos bairros populares. Ou melhor, fazia, porque há tempo não
vejo nenhuma dessas campanhas em canto algum.
As opiniões controvérsias alegam:
como irá acabar a água se ela compõe 71% da superfície do planeta? Respondemos
com outras perguntas: Dessa quantidade absurda, quanto se tem de água potável?
Como é distribuída e utilizada? Quanto se polui os rios e suas nascentes, os
solos e lençóis freáticos no mundo? Como a água se defende dessa poluição e uso
irracional? Como o povo se defende dos verdadeiros cartéis que tentam controlar
a água no mundo?
Dos 71% de água que cobre a superfície
da Terra, 97, 4% está em estado líquido, nos oceanos. 2, 6% é composto por água
doce, ou seja, a água encontrada nos rios e lagos, com baixa concentração de
sais. Além disso, 1,8%, em média da água doce do planeta está em estado sólido.
Dessa forma, a água doce no mundo
corresponde a apenas 1% da água do planeta. Imagina que desses 1% uma
quantidade absurda é desperdiçada, vira esgoto e polui os mananciais. E desses,
pouco é reaproveitado com medidas de despoluição? Quanto resta de água potável
no mundo? E para onde essa água vai? Porque a população pobre do planeta é a
primeira a sofrer com a falta d’água? E a pergunta mais importante: o que fazer
para reverter esse quadro?
Queridos, estas e outras
perguntas são respondidas por Barlow no livro Água: futuro azul, mais um
presente da M. Books. A obra, traduzida por Jorge Ritter traz uma abordagem
bastante detalhada sobre a crise mundial da água, com um diferencial: aponta as
soluções.
A partir do viés dos 4 princípios
fundamentais, são abordadas as questões referente aos direitos humanos e aos
direitos da água, como a relação entre a sua distribuição e a divisão de
classes; o financiamento dos recursos hídricos para uso domestico; a água como
propriedade pública e a água como mercadoria.
Em seguida é discutido de maneira
bem explicativa e clara, o problema da água na atualidade, em todos os
continentes. São abordados o controle corporativo da agricultura e a extinção
da água e o controle da energia como fator de escassez da água.
Como não basta nos situar diante
do problema, o livro disponibiliza as soluções, apontando os acordos e tratados
internacionais, os movimentos ambientalistas, as atitudes das Nações Unidas. Em
seguida nos coloca no lugar de interação com a água, como um direito essencial
à vida. Para tanto, propõe a nova ética da água, que implica em viver junto com
os recursos hídricos de maneira racional e sustentável. Para tanto, adverte
sobre a necessidade da criação de uma economia justa, que proteja e fiscalize a
natureza, rejeite as minerações, crie novas formas de produzir alimento, criando
políticas de paz, que promovam a interdependência para o compartilhamento do
recurso de onde emerge a vida e que a ela sustenta em todas as suas formas.
A seguir, alguns trechos da obra:
Sobre a indústria, a economia e os refugiados da água:
A riqueza e a renda extremas são
economicamente ineficientes, politicamente corrosivas, socialmente divisoras e
ambientalmente destrutivas (p. 21).
A lição que todos nós aprendemos
quando crianças – que não podemos ficar sem água em virtude do funcionamento
interminável do ciclo hidrográfico – simplesmente não é verdade. Embora a água
ainda esteja no planeta em algum lugar, por causa do nosso manejo das reservas
de água mundiais para promover o desenvolvimento industrial, ela não é potável ou
não está no lugar certo. Como consequência, muitas comunidades estão ficando
sem água limpa acessível. Nós, humanos, estamos administrando e distribuindo
mal a água, além de poluí-la em escala alarmante (p. 23).
Nenhum lugar da terra estará
livre das consequências da crise da água que está se desenrolando agora. Mesmo
se nós começarmos a reduzir a marcha do dano que criamos, desafiando o
imperativo do crescimento e adotando práticas de conservação da água, é crucial
que estabeleçamos regras de equidade e justiça em torno da questão do acesso.
De outra maneira, cada vez mais veremos um mundo profundamente dividido entre
aqueles com acesso à água limpa e aqueles sem – literalmente um mundo dividido
pelo direito de viver (p.28).
Sobre o direito à água:
A água é um bem comum como o ar
ou uma mercadoria, como a Coca-cola? (p.29)
Sobre as medidas estabelecidas pela Assembleia Geral da ONU em 2010, para
que os estados e nações se comprometam em “fornecer água potável própria,
limpa, acessível e com um preço razoável, assim como saneamento para todos”:
Cento e vinte e oito países
inclusive [...] Brasil, apoiaram a resolução. [...]. Os países que se opuseram à
questão na realidade não votaram contra ela; em vez disso, eles se abstiveram. [...]
Apesar disso, os países que se abstiveram fizeram uma série de discursos irados
após o voto, acusando a Bolívia de forçar um voto que ninguém estava pronto
para fazer. Sólon ficou parado com seus braços cruzados no peito e um leve
sorriso no rosto, deixando que a amargura passasse ao largo dele como o vento
(p. 39).
Sobre a água como um direito ou como um bem de consumo:
A água é um direito humano e um
serviço público, mas não pode haver direito humano à água se alguns podem
apropriar-se da água para o lucro enquanto outros vivem sem acesso a ela (p.
61).
Sobre a privatização da água:
As taxas de água pagas pelos
cidadãos na Grã-Bretanha, assim como os lucros obtidos pelas corporações dispararam
desde que Margaret Thatcher introduziu a privatização da água em 1989. Vinte e
uma empresas privadas forneceram todos os serviços hídricos na Inglaterra e
País de Gales, e elas obtiveram um lucro pré-impostos de mais de 2 bilhões de
euros em 2011 (p. 109).
Sobre o uso dos biocombustíveis:
O Brasil e os Estados Unidos
produzem quase 90% dos biocombustíveis do mundo. O Brasil é o principal exportador de etanol da
cana-de-açúcar, e a maioria dos carros no Brasil anda hoje com uma mistura de etanol
e gasolina [...] É necessária uma grande quantidade
de água para produzir esse biocombustível. [...] Atualmente 7 trilhões de água são extraídos todos os dias para produzir
etanol no Brasil [...] A produção de biocombustível no
Brasil destrói as florestas, que são cortadas para abrir caminho para vastos
campos de cana-de-açúcar; ameaça a vegetação e a Bacia do Rio Amazonas; e
contamina a água e o solo com fertilizantes químicos (p.165). A água pode ser a dádiva da
natureza para a humanidade, de maneira que ainda não entendemos (p.262).
Então, que tal fazermos essa
leitura e tantas outras sugeridas por Maude Barlow? Que tal nos enveredarmos no
entendimento da nossa relação com a água, fomentando propostas de mudança e
atento aos nossos governantes, suas intenções e políticas?
O que você pode fazer agora para
ajudar a água a seguir seu curso na manutenção da vida?